“O que acontece depois que eu termino a faculdade?”. Pensar no futuro após a graduação pode gerar dúvidas, ansiedade e muita incerteza. Foi pensando nisso que o Eixo de Educação do Porto Digital criou a Trilha Pós, um grupo de trabalho dedicado a orientar os estudantes da Residência Tecnológica que desejam seguir carreira acadêmica ou ingressar em programas de pós-graduação, oferecendo suporte contínuo para quem deseja entender melhor como funcionam processos seletivos, possibilidades de formação continuada e caminhos dentro do universo acadêmico.
Liderado por Barbara Rodrigues, Supervisora dos Programas de Educação do Porto Digital e Doutora em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o grupo é composto por estudantes e mentores. São eles: Juliana Vasconcelos, Lucas Ximenes e Vitor Câmara. Juntos, eles acolhem e orientam os estudantes interessados em participar do grupo de trabalho. Podem participar da Trilha Pós todos que queiram fazer uma pós-graduação, sejam graduandos, recém-formados ou profissionais em transição de carreira.
A ideia surgiu de forma orgânica, a partir das demandas dos próprios estudantes, conforme explica a líder. Enquanto supervisora dos Programas de Educação do Porto Digital, ela acompanha de perto a jornada de formação dos residentes. Como alguns conheciam a sua jornada acadêmica, ela passou a ser procurada para esclarecer dúvidas sobre editais, métodos de preparação e dúvidas em geral sobre processos seletivos abertos. A partir disso, notou que poderia desenvolver um projeto que não só ajudaria com esse tipo de dúvida, como também divulgaria outras possibilidades de carreira para os demais estudantes.
Uma forma de não se sentir sozinho
Definida como “um projeto que busca auxiliar pessoas interessadas em cursar uma pós-graduação”, a Trilha Pós fornece mais do que informações úteis e orientações quanto aos esforços necessários para sua entrada em programas de referência. Ela serve, acima de tudo, como uma espécie de suporte ao longo de todo o processo seletivo.
“O principal objetivo é prestar orientação sobre a jornada acadêmica, contribuindo para que os participantes conheçam melhor alternativas de formação continuada e fazendo com que eles não se sintam sozinhos ou perdidos nessa etapa”, disse.
Para Barbara, pensar no que vem “depois da graduação” é um passo essencial: “O mercado de trabalho demanda uma titulação diferencial para quem deseja crescer na carreira. É importante estarmos sempre em busca de conhecimento e aprimorando habilidades nas áreas de maior interesse”, complementou.
Entre os principais desafios percebidos nos estudantes, ela destaca o receio na escolha da área e a falta de conhecimento sobre as opções disponíveis, fatores que podem desestimular quem deseja tentar uma seleção.
Estrutura, ações e futuro do grupo
O primeiro encontro aconteceu em setembro de 2025 e, de lá pra cá, vem realizando ações temáticas e periódicas, combinando diferentes formatos (presencial e remoto) para garantir alcance e acessibilidade. Além disso, todos os encontros ficam disponíveis no YouTube, no canal br em tese, e o grupo tem um servidor no Discord, onde são disponibilizados materiais de apoio, editais abertos e um espaço permanente para dúvidas e trocas.
No momento, o foco está nas orientações práticas para candidatura a programas de pós- graduação, mas a equipe planeja expandir os temas abordados ao longo do tempo. “A Trilha Pós deve se transformar em uma comunidade de apoio aos estudantes e futuros estudantes de pós-graduação, com mentorias recorrentes, produção de conteúdo e um grupo de pesquisa dedicado às temáticas de Educação na área de tecnologia e seus desafios”, finalizou.
Sobre a Residência
A Residência Tecnológica é um programa de formação especializada em tecnologia desenvolvido pelo Porto Digital em parceria com instituições de ensino superior. Voltada para cursos de nível superior (tecnólogos de curta duração) na área de TI, a Residência Tecnológica é oferecida como uma disciplina obrigatória. Estruturado em cinco ciclos, o programa proporciona aos estudantes a oportunidade de trabalhar em projetos e desafios reais propostos por empresas parceiras, garantindo uma vivência prática e orientação personalizada. Além do Recife, o programa roda também em Aracaju e em Brasília e tem, ao todo, 4.500 estudantes.
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