O Embarque Digital – programa de bolsas de estudo em tecnologia que o Porto Digital e a Prefeitura do Recife oferecem na capital pernambucana – acaba de ganhar seus mais novos integrantes. Na aula magna, realizada nesta quarta-feira (13) no Teatro do Parque, foi dado o pontapé inicial da 6ª turma – que se juntam aos outros 1.400 participantes da iniciativa.
A chegada da nova turma foi marcada por essa construção do próximo passo que darão em suas vidas. “O grande propósito do Embarque Digital é criar um novo futuro para os participantes e suas famílias. A conexão direta com o Porto Digital e todo o seu ecossistema de tecnologia e inovação é um divisor de águas para esses e essas recifenses para o início de uma carreira exitosa. Até agora, 58% dos estudantes da primeira chamada já estão empregados. Então, é um caminho que promete sucesso profissional nessa caminhada”, aponta o presidente do parque tecnológico pernambucano, Pierre Lucena.
Não é para menos. Quem entra nessa formação, percebe que é uma oportunidade a ser aproveitada. Prova disso é o índice de evasão dos cursos de Sistemas para Internet e Análise e Desenvolvimento de Sistemas que fazem parte do Embarque Digital – muito abaixo do registro em outras formações de TI Brasil afora. Enquanto cursos de Computação e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) tiveram taxas superiores a 60% de abandono no País, segundo o Censo do Ensino Superior do MEC com dados de 2016 a 2021, na formação com o Porto Digital foi de 18%.
Na aula inaugural para a turma, não faltaram estímulos e perspectivas do impacto que participar dessa oportunidade vai ter na vida dos estudantes e na cidade do Recife: “Seguir uma carreira na área de tecnologia é importante para vocês e também para o ecossistema do Porto Digital. O programa é muito poderoso para atingir esses objetivos. É uma política de educação, de desenvolvimento econômico e de impacto social”, informou o secretário de Educação do Recife, Fred Amâncio, aos estudantes.
Para Pablo Lopes, estudante de 19 anos do programa, o Embarque Digital é uma oportunidade de mudar a vida da família. “Para nós, que somos pessoas de periferia, essa é uma chance de conhecer um novo universo, ter acesso a uma formação e uma profissão”, contou.
Quem também enxerga no programa um caminho diferente é Jamilli Silva. Aos 31 anos, a estudante é mãe atípica e solo, e a felicidade de iniciar essa jornada é compartilhada com o filho, a irmã e os pais. “Sei que vai ser uma jornada com obstáculos, mas estou disposta a superar. É por mim, pelo meu filho e pela minha rede de apoio que está me dando todo o suporte para estudar e conquistar uma profissão. Quero ser uma mãe atípica solo na tecnologia”.
“Agora é estudar e se aprimorar para, daqui a dois anos e meio, concluir o curso e viver um novo futuro. Essa é a meta, o caminho que vamos trilhar juntos”, finaliza Pierre Lucena.
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