No post anterior, descrevemos como foi o evento “Por que é tão alta a evasão nos cursos de exatas e TI?” e apontamos alguns dos destaques do debate. Um dos pontos que resolvemos abordar é a questão da baixa inserção das mulheres nos cursos de graduação e no mercado de tecnologia no Brasil.
Segundo os dados do Censo do Ensino Superior do INEP, disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP), são mais de 75 mil cursos nas áreas de “Computação e Tecnologias de Informação e Comunicação” , totalizando mais de 270 mil novos ingressantes nas mais diversas modalidades.
No período de 2017 a 2021, conforme o gráfico acima, houve um crescimento no número de mulheres ingressantes saindo 13.859 para 51.500, o que representou um salto de 13% para 19% dos totais de matrículas em cada ano. Em números absolutos, houve um crescimento vertiginoso de novas vagas nos cursos da área de computação, sendo essas majoritariamente na modalidade EaD, conforme mostrado por Pierre Lucena durante o evento.
Entretanto, a área de computação continua a ser uma área majoritariamente composta por pessoas do gênero masculino. Em Recife, o Embarque Digital – iniciativa de formação e inclusão de pessoas na área de tecnologia – considera o gênero feminino como um critério de desempate no processo de matrícula.
Atualmente, temos uma proporção de 33,4% de pessoas do gênero feminino, o que é o dobro da média nacional. Esperamos que, num futuro próximo, não tenhamos uma diferença significativa de gênero nos cursos da área de computação, o que tenderá a reduzir a diferença existente no mercado de trabalho.
E aí, o que mais podemos fazer para atrair o imaginário das mulheres para a computação? Tens ideias de ações que podem ser implementadas? Vamos discutir!
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