É com naturalidade que Swayne Nascimento se disponibiliza a ser multiplicadora de informações do Programa Embarque Digital. Em palestra para alunos de novas turmas de embarcados, estrelando uma propaganda da Prefeitura do Recife ou como orientadora informal do programa por meio do perfil do Instagram, a jovem vem curtindo a função e a vê como mais uma chance de se projetar dentro de uma área que ela se vê profissionalmente. “Respondo a todos e, quando abrem as inscrições para novas turmas do Embarque, fico incentivando as pessoas, postando o resultado”.

Como parte da sua jornada, Swayne observa que há um interesse das outras pessoas pela questão do gênero feminino. Ser uma jovem garota, cursando Análise e Desenvolvimento de Sistema, parece ser ponto de atração. É desafiador, mas ela diz estar preparada para as chances que lhe aparecerem.

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“Tem sido um negócio. Eu falo ‘pô, eu tenho que agarrar tudo isso´. Não sei como, talvez por eu ser da segunda turma do Embarque, por eu ser mulher, mas muita gente me acha nas redes sociais e na internet e vem falar comigo e estou sempre pronta para ajudar”, conta.

Embarcados Swayne
Mulheres como Swayne terão cada vez espaços nos ambientes profissionais – Foto: PC Pereira

A depender do Porto Digital e do Embarque Digital, meninas como Swayne terão espaços cada vez maiores tanto no ambiente de estudo quanto no de trabalho. A profissionalização e a empregabilidade das meninas na área de Tecnologia da Informação estão entre as diretrizes do Programa. Do total das vagas previstas, que são na ordem de 2 mil, 50% delas são destinadas às pessoas que se declararam negras ou pardas e ser mulher é um dos critérios de desempate em caso de notas idênticas.

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Silvia Bessa é jornalista. Gosta de revelar histórias que se escondem na simplicidade do cotidiano. Venceu três vezes o Prêmio Esso e tem quatro livros publicados

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