Na tarde desta quinta-feira (19), o auditório do Cais do Sertão recebeu a mesa redonda sobre economia periférica. Com o tema “Transformação social através da inovação: periferias, corporações e tecnologia”, o evento entregou a programação do segundo dia do REC’n’Play 2023.
Em um diálogo pautado em questões de raça, classe e economia, o debate contou com as participações do ex-presidente e atual conselheiro da Central Única das Favelas (CUFA), Preto Zezé; do CIO e diretor executivo do Bradesco, Edilson Reis; e do roteirista e apresentador do podcast História Preta, Thiago André e da diretora Executiva do Porto Digital, Mariana Pincovsky. Os palestrantes envolveram a plateia nas discussões e contaram sobre as suas experiências profissionais focadas na inclusão e na diversidade das corporações que representam.
“A nossa inovação é pensar que a favela não é e nem representa aquilo que é periférico, a favela é o Centro. A nossa história de formação e de atuação na CUFA é mostrar que a favela não é esse estigma de tragédia, de morte ou daquilo que não presta. Nós queremos fortalecer a autoestima das pessoas”, desabafou Preto Zezé.
Dando destaque a atuação do Bradesco nas periferias, Edilson Reis falou sobre as estratégias da empresa para atrair clientes de perfis diversos. “O objetivo do Bradesco é sempre pensar como a gente faz para estar perto da realidade dos moradores das favelas, mas sem ser apenas um produto comercial. Nós queremos ser vistos como uma forma que as pessoas podem ter para realizar sonhos, para melhorar a condição de seus filhos, porque os moradores das favelas têm desejos, são pessoas que consomem e que querem fazer negócios também”, afirmou o diretor executivo.
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