A 21ª edição do Festival Recifense de Literatura A Letra e A Voz começa nesta sexta-feira (6), ocupando rua e subindo em palco para convidar a cidade à leitura e ao debate no Bairro do Recife, onde fica o primeiro distrito de inovação do Brasil, o Porto Digital. A programação, que reúne 30 atrações, é gratuita e oferecida pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife.

Bairro do Recife recebe 21ª Festival Recifense de Literatura A Letra e A Voz (Imagem: Marcos Pastich)

Este ano, o festival reencontra o público para homenagear quatro nomes: Heloísa Arcoverde, que se dedica há décadas ao planejamento e execução da programação literária da cidade; e, in memorian, aos centenários do professor, poeta e ensaísta César Leal, à poetisa Maria do Carmo Barreto Campello e a Osman Lins, romancista, contista, dramaturgo e ensaísta, considerado um dos mais importantes escritores brasileiros do século 20.

Programação

Com o tema “Pontes Literárias”, a programação se inicia em cima do palco histórico do Cineteatro do Parque, na noite de sexta-feira (6), com o espetáculo musical “Poesia Eletrônica”, de José Paes de Lira, o Lirinha.

O show é um recital que promove o diálogo entre músicas, paisagens sonoras, samplers e iluminação cênica, com o objetivo de transportar o público para o universo da oralidade e da sabedoria popular. O evento começa às 19h30, com ingressos distribuídos na bilheteria do teatro a partir das 18h. 

No sábado (7), a programação chega à Av. Rio Branco. O tradicional pavilhão do A Letra e A Voz cresceu e mudou de lugar, apresentando-se mais aberto e integrado à paisagem. Para abraçar Miró, a estrutura ficará posicionada no começo da via, na esquina com a Av. Cais do Apolo, incorporando a estátua do poeta da Muribeca, que foi homenageado pelo Festival, em sua 16ª edição, no ano de 2018.

Outras novidades da estrutura são salas de autógrafos, para os autores receberem os leitores após os lançamentos, e painéis instagramáveis, que provocarão o público a registrar trechos e autores de sua preferência.

A programação do sábado (7) começará cedo, às 9h, com a tradicional Feira de Livros Miguel de Cervantes. À tarde, a partir das 14h30, haverá lançamentos de livro, mesas de debate, performances e batalha de rima, até 21h. A primeira mesa, às 15h, terá como tema as “Pontes Literárias”, convidando o público a uma travessia por diferentes perspectivas, temporais, geográficas e estilísticas, da produção literária mundial, com a participação de Bárbara Belloc (Argentina), Lourival Holanda e Wellington de Melo e mediação de Eduardo César Maia.

Mais tarde, às 17h, será apresentada a performance teatral “De Adeus e Borboletas ou A Música do Silêncio”, com os atores Adriano Cabral, Márcia Cruz, Miguel Cabral e Nina Souza. Em seguida, Letra e Voz se encontram em mesa solene, dedicada à obra e ao legado dos homenageados: “César, Maria e Osman: 300 Anos de Literatura”, com os estudiosos e escritores Anco Márcio, Delmo Montenegro e Renata Pimentel, mediados pela também homenageada Heloísa Arcoverde.

Às 19h, o festival abre alas para as “Batalhas Cervantinas”, que reunirão os poetas da nova geração das ruas do Recife: Adelaide, Bruno Bicicastelo, Falik, Jessica Preta e Sofio. Às 20h, Bell Puã traz o espetáculo “Jogo de Cintura”, encerrando o sábado com música e poesia.

A programação do domingo (8) começará cedo. A partir das 9h30, serão apresentados dois shows para a garotada: “No Passinho do Movimento”, do grupo Tintim por Tintim, e “Caixinha de Ritmos”, de Lulu Araújo, que faz um passeio bem didático pelos mais ancestrais ritmos pernambucanos. À tarde, haverá mais lançamentos de livros, além de duas mesas de debate, uma de glosa, um espetáculo teatral e outro musical.

A primeira mesa, às 15h, levantará pontes do Recife para o mundo, com a participação dos convidados Bárbara Belloc (Argentina) e Luís Serguilha (Portugal), além de Patrícia Vasconcellos e Rodrigo Vasconcellos na mediação. Às 17h, as pontes da letra e da voz conduzirão ao futuro da produção de conteúdo digital, com a presença de Luna Vitrolira e Clarice Freire, que acabam de lançar, respectivamente: “Memória Tem Águas Espessas” e “Para Não Acabar Tão Cedo”, além da celebridade digital Pedro Vinicio, pernambucano de 18 anos, que reúne quase 800 mil seguidores no Instagram, cativados por seus traços e textos. Eduardo César Maia faz a mediação.

Às 18h, o coletivo artístico Mulheres de Repente comanda uma mesa de glosa exclusivamente feminina. Às 19h e às 20h, a Cia. Fiandeiros e a cantora Kelly Rosa encerram a programação.

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