Quatro mil e quinhentas mulheres em situação de vulnerabilidade do Recife e Região Metropolitana aguardam a oportunidade de cursar o programa Vem Pra Dados, Mulher!. A iniciativa, fruto de uma parceria entre a Télos e o Porto Digital, oferece ensino na área da tecnologia e busca empresas que possam patronar a formação dessas estudantes. A Neurotech é a primeira empresa parceira do programa e vai investir em 30 alunas.

Télos e Porto Digital buscam empresas patronas para formação de mulheres na tecnologia (Imagem: PC Pereira/Porto Digital)

Segundo Gabriella Ribeiro, CEO da Télos, 4,5 mil mulheres se inscreveram nos três dias de inscrições abertas. “Isso representa 1,35% das mulheres maiores de 18 anos com Ensino Médio completo e moradoras do Recife e Região Metropolitana. Estamos super felizes em estar trazendo esse projeto, uma formação muito robusta de seis meses com conhecimento técnico, habilidades socioemocionais, inglês técnico, e completamente personalizado para a realidade das empresas que entram como patronas”, disse.

Em evento no Porto Digital, na manhã desta terça-feira (12), Marcela Valença, superintendente de Inovação e Formação do Porto Digital, teve a oportunidade de convidar as empresas do ecossistema para apoiarem a formação das estudantes.

“Estamos fazendo articulação com várias empresas do ecossistema com a ideia de promover a formação dessas mulheres para podermos empregar e fazer o nosso ecossistema ser cada vez mais inclusivo e diverso. Foram mais de 4,5 mil mulheres inscritas no programa e queremos muito que elas sejam empregadas porque sabemos que têm muito potencial e que a área de dados é a que mais se precisa de profissionais na tecnologia”, afirmou.

Ketty Sanches, diretora de Recursos Humanos na Neurotech, explicou que quando se fala de diversidade, é preciso falar também que empresas mais diversas são três vezes mais competitivas no mercado.

“As empresas precisam perceber que trazer mulheres e pessoas diversas vai trazer um maior potencial competitivo. Como primeira empresa a patronar todo o processo, percebemos que a Neurotech está tendo a chance de trazer de volta ao Recife algo que a cidade fez pela nossa empresa”, contou.

Além de compartilhar suas experiências com projetos com o Vem Pra Dados, Mulher!, Ketty disse que vê essa iniciativa como um agente de mudança social: “Aí a gente começa a hackear o sistema, mudar a sociedade e ter muito mais mulheres na TI, que é o que a gente realmente quer.”

Dani Maciel, presidente Associação Brasileira de RH de Pernambuco sinaliza que dar oportunidade para mulheres em situação de vulnerabilidade social é um ponto importante para o crescimento e, principalmente, para o desenvolvimento do ecossistema: “A gente compreende que quanto mais mulheres no mercado de trabalho, mais a gente consegue estar equalizando os défices que temos de gênero.”

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