Como a IA pode ajudar a superar os desafios educacionais e a melhorar a qualidade da educação? Foi esse o questionamento que Priscila Cruz, Presidente-Executiva do Todos Pela Educação, fez na palestra “Desafios para uma IA como Política Pública na Educação”, realizada no auditório da Livraria Jaqueira do Centro do Recife, nesta sexta-feira (17), terceiro dia de atividades do REC’n’Play 2025, maior festival de inovação do Brasil e que neste ano celebra os 25 anos do Porto Digital.

Especialista em Educação Básica Pública e uma das vozes mais atuantes no debate educacional brasileiro, Priscila Cruz elencou os principais desafios enfrentados na atualidade. “Um dos problemas mais comuns é a heterogeneidade entre os estudantes no que diz respeito a níveis de aprendizagem, e isso é um dificultador enorme na experiência de sala de aula. Mas também é preciso pontuar que um dos problemas também é a existência de professores com formação insuficiente ou com pouco repertório didático”, destacou.
Além disso, Priscila mencionou a extensão e a desatualização da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o baixo alinhamento que ela tem com os materiais e as avaliações; e a subutilização das avaliações externas para a obtenção de dados, a exemplo do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), um conjunto de avaliações externas realizadas a cada dois anos pelo Inep para diagnosticar a qualidade da educação básica no Brasil.
IA como política pública
Como alternativa para ajudar a superar os desafios e a melhorar a qualidade da educação, a atuação da IA precisa estar posicionada para apoiar o professor, e não substituí-lo, e com o objetivo de promover valores de convivência humana pacífica, empatia e colaboração. “É preciso tornar a escola um lugar de aprendizagem e felicidade, valorizando o trabalho docente e valorizando também o conhecimento dos estudantes”, explicou a especialista. “O professor é o piloto, e a IA é o copiloto”, emendou.
Dentre as possibilidades de uso da IA, esse apoio deve ser direcionado para a criação de sistemas de aprendizagem adaptativa e na análise de dados em tempo real, possibilitando que o professor otimize algumas tarefas e ganhe tempo e precisão nas suas ações. Já visando o engajamento dos alunos, a IA pode ser aplicada na gamificação inteligente, não necessariamente como uma forma de competição, mas como métodos de estímulo aos estudantes; na criação de conteúdo multimodal e interativo; e na construção de feedbacks imediatos e construtivos. “Assim, o professor consegue tomar decisões mais rápidas e baseadas em dados. Mas sempre dando ao professor o poder de decisão”, concluiu a especialista.
O REC’n’Play 2025 é apresentado pelos patrocinadores Banco do Brasil e Governo Federal em uma realização da Ampla Comunicação, Porto Digital e Sebrae Pernambuco. O festival tem patrocínio master da Petrobras e do Governo Federal, patrocínio premium do Governo do Estado, Prefeitura do Recife, parceria estratégica da Adepe, Empetur, Fundarpe, Google Cloud, SECTI, Vale, patrocínio da Algar, Capgemini, Central IT, CESAR, Deloitte, Embratur Lab, Exanet, Finep, Jalan, Hospital Santa Joana, Learning Village, Moinho, Moura, MV, Novotel, Neri, Novotel, NTT Data, Pitú, Rede Muda Mundo, Stellantis, SUAPE, SENAC, SESC, SERPRO, Shopping Recife, Solar Coca-Cola, Uniaeso, Uninassau, Verda e WORLD, além da Globo como parceira de conteúdo. Saiba mais: https://recnplay.pe/

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