“Quais são os caminhos possíveis para o Ensino Superior no Brasil?”. Essa e outras perguntas sobre o rumo das práticas e metodologias existentes nas universidades foram debatidas na Arena Educação, nesta quinta-feira (17), segundo dia de atividades do REC’n’Play 2025, maior festival de inovação do Brasil e que neste ano celebra os 25 anos do Porto Digital. A mesa-redonda intitulada “Universidade do Futuro: para onde vai o ensino superior?” foi composta por Roberta Guedes, Superintendente de Educação do Grupo UBEC; Ronaldo Linhares, Pró-reitor de pós-graduação de pesquisa e extensão da Universidade Tiradentes; e Luciano Meira, Head de Pedagogia na Proz Educação.

Com uma análise profunda sobre o que é feito dentro das salas de aula das faculdades, Luciano Meira afirmou que para que seja possível vislumbrar um futuro, é preciso entender o que era feito e como era feito no passado. “É preciso que a gente problematize as práticas do passado para que seja possível alcançar o futuro desejado”, disse. O head de pedagogia ressaltou ainda que a universidade tem se transformado o tempo inteiro, e de forma muito radical, mas reconheceu que falta algum tipo de estratégia para pôr em prática todas as soluções que são desenvolvidas.
“Conjunto de soluções para diversos problemas já existem, mas falta estratégia para que esse avanço consiga ser posto em prática a nível de transformação. Como a gente orquestra esse tanto de soluções que temos arranjado? O problema da Universidade não é inovar, o problema é como vamos escalar essa inovação que já criamos”, destacou.
No embalo de revisitar as bases formadoras do ensino superior, o professor Ronaldo Linhares considerou que a existência da universidade no Brasil é, de certa forma, recente. “São apenas 200 anos, e isso é pouco demais. Mas sempre teremos algo a mudar. Quando focamos no surgimento, modelado para as elites, percebemos que já avançamos em certo grau, quando percebemos que estamos ocupando o Agreste, Comunidades Quilombolas. É inegável que a gente avançou no que diz respeito a projeto de sociedade e projeto de educação, mas a transformação é contínua”, enfatizou.
Para a Superintendente de Educação do Grupo UBEC, Roberta Guedes, é preciso refletir constantemente sobre a conexão que a universidade tem com a sociedade. “Como é que a sala de aula está dialogando com a comunidade do entorno? Quantas mulheres são reitoras? Por que os cursos de tecnologia ainda atraem mais homens do que mulheres? Por que os cursos de licenciatura ainda são tão desprestigiados? São perguntas que mostram que precisamos de uma revisão profunda nas políticas educacionais. Não podemos ignorar os avanços, mas é preciso reconhecer que ainda existem buracos, e eles não podem ser ignorados”, concluiu.
Sobre a Arena Educação
O debate “Universidade do Futuro: para onde vai o ensino superior?” foi uma das nove atividades realizadas na Arena Educação, espaço que está localizado no hall do Paço Alfândega. Este é o terceiro ano que o Eixo de Educação conta com um espaço próprio no Carnaval do Conhecimento. A curadoria da programação do espaço contemplou diversos temas, como IA e aprendizagem, carreiras em transição e inovação como ferramenta de inclusão social.
O REC’n’Play 2025 é apresentado pelos patrocinadores Banco do Brasil e Governo Federal em uma realização da Ampla Comunicação, Porto Digital e Sebrae Pernambuco. O festival tem patrocínio master da Petrobras e do Governo Federal, patrocínio premium do Governo do Estado, Prefeitura do Recife, parceria estratégica da Adepe, Empetur, Fundarpe, Google Cloud, SECTI, Vale, patrocínio da Algar, Capgemini, Central IT, CESAR, Deloitte, Embratur Lab, Exanet, Finep, Jalan, Hospital Santa Joana, Learning Village, Moinho, Moura, MV, Novotel, Neri, Novotel, NTT Data, Pitú, Rede Muda Mundo, Stellantis, SUAPE, SENAC, SESC, SERPRO, Shopping Recife, Solar Coca-Cola, Uniaeso, Uninassau, Verda e WORLD, além da Globo como parceira de conteúdo. Saiba mais: https://recnplay.pe/

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