Fazer parte de um ambiente de inovação que impulsiona o empreendedorismo é um diferencial para gerar mais e melhores negócios. Essa foi a comprovação da Moire LAB, startup que começou a jornada empreendedora pela pré-incubação da Polotec (UFPE), passou pelo Sebrae Startups e embarcou na incubação do Porto Digital em Caruaru, no Armazém da Criatividade. E o reconhecimento veio no Rio2C, maior evento de economia criativa da América Latina.

Leia mais:
⮞ Governo de Pernambuco e Porto Digital abrem inscrições para o Programa de Incubação de Negócios 2025.2
⮞ Você sabe o que é Inova Simples? Masterclass gratuita desvenda esse modelo
⮞ Com investimento do Governo do Estado, Porto Digital Caruaru será ampliado em 600m² em lugar que resguarda história da cidade

A Moire LAB é uma plataforma de gestão digital voltada para negócios de economia criativa com foco em facilitar o trabalho burocrático e administrativo de fazedores de cultura, criadores, investidores, gestores culturais e outros agentes criativos.

A ideia da solução é um ambiente de gestão virtual e integrado que acompanha a ideia desde sua concepção, até os resultados do produto, passando pela captação de recursos, produção e prestação de contas. “E, ao mesmo tempo, aumenta a transparência e permite o acompanhamento em tempo real a partir da outra ponta, dos financiadores e das equipes de mecanismos de fomento cultural”, indica a idealizadora da startup, Fernanda Tenório.

Foi com essa premissa que a Moire LAB conquistou o 1º lugar entre os pitching de startups na vertical Audiovisual e Games do Rio2C 2025. “É um reconhecimento que emociona muito a gente, mas também indica que estamos indo por um bom caminho, além de ter sido super importante pelo feedback, contato com venture capital e organizações que podem render parcerias importantes para o nosso desenvolvimento”, conta.

Jornada empreendedora

Fernanda explica que a ideia para a startup surgiu com uma configuração muito diferente. “Primeiro pensamos em algo muito mais físico, daí buscamos programas de inovação: a pré-incubação no Polotec, da UFPE, nos colocou simultaneamente no Sebrae Startups. Lá, a ideia pivotou e seguimos para um ambiente mais específico de economia criativa, na incubação do Porto Digital em Caruaru, no Armazém da Criatividade“, acrescenta.

Cada etapa foi fundamental para transformar nossa ideia em uma solução com uma base sólida. Os programas dos quais participamos nos ajudaram a entender o problema para além da nossa vivência pessoal e olhar para a Moire como um negócio.

Fernanda Tenório, idealizadora do Moire LAB

Para além do conhecimento adquirido e aplicado nos programas de fomento ao empreendedorismo – que foram de ferramentas como canvas, análises e entrevistas a também métodos que apoiaram na maturidade do negócio – Fernanda também destaca a importância de ter um ecossistema de inovação como apoio.

“Os workshops e mentorias também foram essenciais — as dúvidas que travavam nosso processo foram elucidadas por profissionais incríveis do ecossistema de tecnologia e inovação de Pernambuco. E ter contato com outras startups e empreendedores de diferentes áreas foi muito enriquecedor. Trocar experiências com quem também busca inovar nos faz crescer como equipe e como negócio”, comenta.

Moire LAB e lançamento

A Moire LAB nasceu da vivência de seus fundadores na produção cultural. “Também somos criadores e gestores de cultura, e enfrentamos dificuldades de perto com a pandemia e depois com a retomada das políticas públicas que estavam paralisadas, mas agora sob uma perspectiva muito mais descentralizada e diversa”, revela Fernanda. Foi nesse cenário que a modelagem da solução foi pensada e desenvolvida.

Diferentemente da criatividade, o trabalho burocrático é repetitivo, padronizável e passível de automação através de soluções escaláveis. A Moire LAB se ocupa disto. O desafio, no entanto, é manter a flexibilidade e a organicidade necessárias à natureza da cadeia produtiva, proporcionando um percurso para os usuários que atenda às características da maior parte dos empreendedores criativos, que não possuem em sua estrutura fixa especialistas nem experiência em gestão contábil e administrativa.

Fernanda Tenório, idealizadora do moire lab

A startup está em fase final de prototipação com o apoio da FACEPE e irá realizar o lançamento de seu produto ainda em 2025, com foco tanto em criadores culturais (B2B) quanto em instituições públicas e privadas que realizam políticas de fomento (B2G).

Comments are closed, but trackbacks and pingbacks are open.