A insegurança que parte das mulheres sentem ao ocupar espaços na área de tecnologia da informação (TI) foi o ponto de partida da mesa “Mulheres que Movem o Código: Liderança Feminina em Tecnologia”. O evento ocorreu na tarde dessa quarta-feira (15), na Secretaria da Mulher de Pernambuco, Bairro do Recife, como parte da programação do festival Rec’n’Play 2025. A mesa foi composta por Natália Zimerfeld, Bruna Costa e Samara Oliveira da Capgemini; Cibelle Maimone da Globo; e Laís Xavier da TechWoman e Muda Meu Mundo. Juntas, elas trouxeram experiências e estratégias para ampliar a presença feminina no setor.

Um dos tópicos abordados foi a percepção de que muitas mulheres só se candidatam a vagas quando se sentem totalmente preparadas, enquanto homens se lançam ao mercado mesmo sem atender a todos os requisitos. Samara Oliveira destacou que essa cautela é fruto de uma construção social ligada aos papéis de gênero desempenhados pelo masculino e o feminino. 

As palestrantes também discutiram como as empresas têm buscado reduzir diferenças de gênero. Para Cibelle Maimone, as políticas de diversidade precisam ser genuínas: “Não tem que ser só mostrada, tem que existir de verdade dentro da empresa”. Bruna acrescentou que o ato de considerar quantas mulheres já integram os times internos é fundamental para promover novas contratações. Ela também reforça a importância de criar ambientes com apoio e questionamentos constantes que promovam mudanças.

Para fortalecer redes de apoio, Laís Xavier compartilhou sua experiência à frente do TechWoman, projeto que busca ampliar a presença feminina no mundo da tecnologia: “Eu sempre estive muito sozinha nesse espaço. Então criei o TechWoman, para que nós pudéssemos ocupá-los. E eu tenho muito orgulho de dizer que daqui pra frente vocês não estarão mais sós”. Em seguida, Samara aproveitou para reforçar que as lideranças femininas são fundamentais para inspirar novas profissionais e abrir caminhos no setor.

Com falas que combinam experiência prática e inspiração, a mesa destacou a importância de repensar estruturas corporativas, fortalecer redes de apoio e construir ambientes mais inclusivos, oferecendo às participantes exemplos e ferramentas para superar inseguranças e ocupar espaços de liderança no setor tecnológico. “Eu entendi que a tecnologia não é o fim. Estudar tecnologia é buscar soluções para problemas da sociedade”, concluiu Samara.

O REC’n’Play 2025 é apresentado pelos patrocinadores Banco do Brasil e Governo Federal em uma realização da Ampla Comunicação, Porto Digital e Sebrae Pernambuco. O festival tem patrocínio master da Petrobras e do Governo Federal, patrocínio premium do Governo do Estado, Prefeitura do Recife, parceria estratégica da Adepe, Empetur, Fundarpe, Google Cloud, SECTI, Vale, patrocínio da Algar, Capgemini, Central IT, CESAR, Deloitte, Embratur Lab, Exanet, Finep, Jalan, Hospital Santa Joana, Learning Village, Moinho, Moura, MV, Novotel, Neri, Novotel, NTT Data, Pitú, Rede Muda Mundo, Stellantis, SUAPE, SENAC, SESC, SERPRO, Shopping Recife, Solar Coca-Cola, Uniaeso, Uninassau, Verda e WORLD, além da Globo como parceira de conteúdo. Saiba mais: https://recnplay.pe/

Texto de Cristiane Ribeiro, integrante do Projeto de Extensão REC’n’Press sob supervisão de Henrique Tenório

Comments are closed, but trackbacks and pingbacks are open.