Usar ou não Inteligência Artificial na educação? Como e quando? Quais são os desafios que permeiam esse cenário? Do ensino básico à educação profissional, esses foram alguns dos questionamentos que rondaram as conversas do Conexão REC’n’Play, que aconteceu nesta sexta-feira (12), no Cinema do Porto. O evento foi uma parceria do Porto Digital com a Proz, strateegia e TDS Company.
O Conexão, que é uma prévia dos assuntos que serão discutidos no REC’n’Play – festival marcado para tomar as ruas do Bairro do Recife nos dias 6, 7, 8 e 9 de novembro -, contou com especialistas da área de educação, rodas de debates e demonstrações práticas com IA.
A programação foi guiada pela participação de Silvio Meira, fundador do Porto Digital, Pierre Lucena, presidente do Porto Digital e Luciano Meira, da Proz e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Contou ainda com as colaborações de Tanci Simões, da CESAR School, Thais Pianucci, da Alura, Ricardo Henriques, do Instituto Unibanco, Guilherme Silveira, também da Alura, Ricardo Schneider, da Square Gram, Daniel Pedrino, da Proz, Filipe Calegario, da TDS Company e Mozart Ramos, da Universidade de São Paulo (USP).
Para Pierre Lucena, o tema pilar dos debates é “um desafio imenso”. Arrisca dizer que “é a coisa mais desafiadora do retorno dos processos após a pandemia porque acelerou muito processos que já estavam acontecendo”.
“A chegada da IA é mais um elemento para fazer com que aquela aula tradicional, principalmente na área de ciências sociais aplicadas, que já estavam um pouco engajadoras, sofram ainda mais. O que a gente quer com essa série de eventos que estamos realizando para o REC’n’Play é discutir principalmente com a academia quais as formas a gente vai ter a partir de agora de engajar os alunos, trazer as pessoas para as universidades com uma educação muito mais inovadora”, explicou.
No mês passado, Pierre já havia adiantado o assunto em um artigo exclusivo para o Jornal Digital, quando mencionou que “A falta de engajamento [do ensino presencial] é visível, e isso se reflete na evasão e desmotivação crescentes nas universidades.” O artigo “O modelo de formação universitária na graduação se esgotou” segue disponível para acesso.
Mediando um dos debates, Luciano Meira afirmou que os desafios de usar IA na educação “têm uma complexidade grande já que envolve múltiplos agentes, agentes numa relação muito complexa como famílias, professores, estudantes… um conjunto muito diverso de agentes”.
Dessa forma, entende-se que qualquer tecnologia digital trará grandes desafios. “No caso específico da IA, é uma redescoberta das formas de interação dentro da escola. A gente vai precisar de um novo design da aprendizagem, como a aprendizagem se dá através de instrumentos mediadores da IA, uma vez que os professores continuarão a serem o centro da atividade educacional na montagem de relações físicas, intelectuais, afetivas, dentro de um espaço escolar”, detalha Luciano.
Ele acredita que a IA pode sim “ser um instrumento de novas demandas, novos desafios implementando novos programas, novos currículos, novos tipos de atividades que antes a gente não conseguia sequer visualizar”.
Em sua fala, Silvio Meira lembrou de um relatório bem recente – publicado há um mês pelo Oliver Wyman – “que diz que até 2030 a gente vai chegar num ponto onde serão economizadas 300 bilhões de horas de trabalho por ano. Se você imaginar que as pessoas trabalham em média 2 mil horas por ano, isso são 150 milhões postos de trabalho.”
A partir disso, ele acredita que talvez estejamos entrando num espaço tempo onde vai ter uma demanda absolutamente gigantesca por “retreinamento”, “reeducação”, “reformação” de pessoas no mundo inteiro em larga escala. “Não só porque um número gigantesco de postos de trabalho antigos criados pós segunda guerra mundial vão ser afetados, mas porque novos postos de trabalho que a gente nunca imaginou que iriam existir, serão criados”, ponderou.
No momento de perguntas abertas, os presentes abriram as seguintes discussões: Como os professores podem aprender a usar a tecnologia a favor do ensino? Qual a barreira entre o uso da IA pelos estudantes e a capacidade crítica do ser humano? Como passar “a palavra da IA” para outros professores?
Unindo teoria e prática
À tarde, os participantes foram apresentados à strateegia por meio de um workshop onde o cientista associado da TDS Company, André Neves, apresentou os assistentes inteligentes da plataforma, demonstrando na prática como a IA pode ajudar professores e estudantes no processo de ensino-aprendizagem.
A strateegia é uma plataforma de gestão de estratégia colaborativa que permite que equipes e organizações planejem, implementem e acompanhem suas estratégias de maneira mais eficaz e integrada. Ele oferece ferramentas para facilitar a comunicação, o acompanhamento de metas e a colaboração entre membros da equipe, permitindo que todos os envolvidos tenham uma visão clara dos objetivos e do progresso da organização.
A plataforma pode incluir recursos como:
- Mapeamento de Estratégia: Para definir e visualizar a estratégia de maneira clara e organizada.
- Definição de Objetivos e Metas: Para estabelecer metas específicas e mensuráveis.
- Acompanhamento de Indicadores: Para monitorar o progresso em direção às metas definidas.
- Colaboração e Comunicação: Para facilitar a troca de informações e ideias entre os membros da equipe.
- Análise e Relatórios: Para gerar insights e relatórios sobre o desempenho e a eficácia da estratégia.
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