O termo deepfake entrou de vez no debate nacional. Recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou mudanças na Resolução TSE nº 23.610/2019 – que trata sobre a propaganda eleitoral. Entre as novidades estão a regulação do uso de inteligência artificial no contexto eleitoral e destaque para vedação de deepfakes (você pode ler mais sobre isso: Inteligência Artificial nas Eleições: Brasil avança com cautela).
Para conversar sobre o assunto, a diretora executiva do Porto Digital – mais relevante ambiente de inovação na América Latina – Mariana Pincovsky convidou o CEO da Neurotech, Domingos Monteiro, para uma conversa sobre essa decisão e os impactos que o uso de deepfakes podem causar na política, economia e sociedade. A Neurotech é uma empresa nascida no Porto Digital especialista em inteligência artificial, tendo sido adquirida pela B3 por mais de R$ 1 bilhão recentemente.
Confira aqui o bate-papo:
Em resumo, o que é deepfake?
De maneira simplificada, deepfake é uma técnica que utiliza inteligência artificial para substituir o rosto de uma pessoa por outra em vídeos (e imagens). É o tipo de ferramenta que mesmo sem o aparato de criação de Hollywood, é capaz de surpreender pelo resultado.
Uma das primeiras, ou talvez mais contundentes, provas das possibilidades do deepfake foram demonstradas em um vídeo em que se utilizava a voz e imagens gerais de um anúncio do ex-presidente Donald Trump – mas com rosto do ator Nicolas Cage. Foi um passo adiante nas possibilidades de criação de fake news, mas de uma maneira mais complexa e sofisticada, com uso de IA que vem se aperfeiçoando desde então.
Chegar ao mundo da política de maneira mais forte já estava no DNA das deepfakes desde o começo, por mais que a técnica tenha sido utilizada inicialmente para outros usos. Enquanto cidadãos, agora precisamos acompanhar a evolução e uso de técnicas como essa na sociedade.
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