Imagine um espaço reservado para encontros relacionados ao trabalho. Nele é possível personalizar sua experiência – ir na hora que quiser com o benefício de não se preocupar com nada além do core business. Essa é uma alternativa para os escritórios. Em tempos de “novo normal” e “evolução” para o regime home office, os encontros pessoais (cada vez mais raros) são a prova de que a tecnologia também está no olho do olho. Assim funcionam os coworkings. 

Coworking do Porto Digital (Imagem: Pedro Pereira/Porto Digital)

O relatório Global Coworking Growth Study, realizado pelo portal Coworker junto a consultoria Coworking Resources, prevê que até este ano existam 40 mil espaços de coworkings no mundo. Faz parte desse conjunto o coworking do Porto Digital.

Ele tem capacidade para 24 pessoas e fica no prédio do ITBC/Softex Pernambuco (Rua da Guia, 142). Além de ser compartilhado com o Hubine do BNB, é exclusivo para uso volante das startups da Comunidade Porto Digital Startups e dos programas de empreendedorismo.

Com duas unidades no Recife, uma na Zona Norte e outra centro da cidade, existe também o Bunker Coworking, empresa embarcada no Porto Digital, que recebeu cerca de 25 mil pessoas em oito anos de existência. Os números revelam a busca e interesse do público por um lugar físico fora de casa que gere conexões.

O sócio fundador da Bunker, Carlos Mendonça, acredita que o produto dessa equação é simples: “Nós somos feitos de relações.” Além de menor custo por terceirizar as obrigações legais e estruturais, os usuários dos coworking somam uma lista de benefícios quando o assunto é relacionamento.

“Produtividade, sentimento de pertencimento, fazer parte de uma comunidade, novas conexões, praticidade em um escritório inteligente em que você consegue focar no seu core business. O resto é por nossa conta…”, menciona Mendonça.

O “resto”, citado por ele, inclui “todas as licenças para funcionar, cobrar do prestador do serviço para que o ar gele, por  exemplo, contratar o encanador no caso de vazamentos, contratar o arquiteto para fazer um re-desing, recarregar os extintores, verificar se as câmeras estão funcionando, falar com a prefeitura sobre melhorias.”

A “energia” dos coworkings

Fato é que esses encontros face to face aumentam a satisfação e o engajamento dos membros quando estão juntos. Seja qual for o lugar na cidade, aqui a palavra evolução é muito mais sobre conexão: “Nós somos feitos de relações, nós precisamos estar ligados e em comunicação para evoluirmos. Aprender, viver…”, defende o fundador da Bunker Coworkings.

Coworking da Bunker (Imagem: Divulgação)

Por essência, o Porto Digital incentiva e apoia o nascimento de novos negócios, seja a partir de programas de formação empreendedora, seja com apoio a empresas de tecnologia já consolidadas no mercado ou seja como lugar onde as conexões acontecem.

“O objetivo do coworking é oferecer às startups uma experimentação de como é trabalhar um ou alguns dias dentro de nosso ecossistema, vivendo ele na prática”, explica Daniel Lima, coordenador de Empreendedorismo do Porto Digital.

“Acreditamos que a cultura de startup, um ambiente propício a testar novas ideias, de desenvolver soluções escaláveis e de nível global e em ambientes colaborativos e dinâmicos, torna o nosso ecossistema ainda mais forte e aberto a novas pessoas empreendedoras.”

Os encontros ainda possibilitam maior diversidade de ideias e perspectivas; apoio e motivação entre os usuários; desenvolvimento das habilidades pessoais em conjunto e a possibilidade de exercer um papel importante.

“O ir e vir para o trabalho nos permite também enfrentar os desafios de uma cidade grande, mas ao mesmo tempo pensar em soluções de preservação desse patrimônio imaterial que é o Recife. O ecossistema nos permite ter acesso a novas tecnologias, atores e desenvolver de forma mais assertiva os novos rumos da economia e das nossas empresas também”, defende Carlos Mendonça, da Bunker.

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