Há 30 anos uma ideia saia do papel. Movidos pela iniciativa do MCTI (Ministério da Ciência e Tecnologia) e pela motivação pela inovação, um grupo de empresários de Pernambuco, com o apoio institucional do governo, criou o Centro de Excelência em Tecnologia de Software do Recife (Softex Recife). Na mesma ocasião foram criados mais 26 agentes no país.
O objetivo do MCTI era criar um movimento nacional para exportação de software. Ao longo dos anos, porém, a avaliação é de que as empresas brasileiras precisariam de certificações que garantissem a maturidade dos seus produtos no exterior. Criou-se então a certificação MPS.Br – Melhoria de Processos de Software Brasileiro. O Softex Recife se destacou como um dos agentes que mais certificou empresas no Brasil.
“Somos uma associação privada (sem fins lucrativos) de empresas de tecnologia e desenvolvemos ações que mantem nossa estrutura e fortalecem o ecossistema”, define Manoel Borba Filho, gerente administrativo financeiro do Softex há 17 anos.
O primeiro prédio do ecossistema do Porto Digital foi o ITBC (Information Technology Business Center), que até hoje comporta o Softex, desde sua fundação disputado. Ele fica na Rua da Guia, no coração do Recife, e hoje abriga 70 empresas – e incontáveis cartões postais. “Antes da pandemia contávamos com cerca de 650 funcionários nas empresas, hoje esse número varia por causa dos modelos híbrido e home office”.
30 anos de parceria
Tantos anos na estrada foram suficientes para ver o Porto Digital nascer. Na lista de co-fundadores, tanto do Softex quanto do Porto Digital, estão Silvio Meira, Claudio Marinho e José Cláudio. “O Porto Digital é um parceiro e entendemos desde sempre que não somos concorrentes. Cada um desenvolve seu papel e assim nos complementamos”, defende Manoel.
“O Softex Recife é a célula mater do Porto Digital. Recebemos da prefeitura, o prédio onde hoje é o ITBC, na Rua da Guia. Trazer as empresas de informática para o Bairro do Recife para um prédio em 1998. Em 2000 lança o Porto Digital. O Softex Recife e o ITBC passaram a ser uma das âncoras do Porto Digital. Para mim, em particular, é um orgulho e uma satisfação muito grande estar vendo, vivenciando, comemorando os 30 anos do Softex”, vibra Claudio Marinho.
No site da associação, o Softex se define como os que desenham e executam “iniciativas de fomento à inovação, à educação, ao empreendedorismo, com abrangência nacional e internacional”. Manoel explica que o principal objetivo do Softex é fortalecer o elo entre governo, empresas e academias. De que forma? Conectando atores, ideias e projetos que geram impacto real na sociedade.
“Hoje a gente faz um programa de interiorização grande desenvolvendo ações em Caruaru, Petrolina, no Vale de São Francisco, buscando atender essa fronteira do agronegócio… O nosso perfil é de ser uma associação que busca a integração das empresas que buscam serviços de software”, detalha.
Atualmente o Softex tem participação ativa em mais de 400 empresas. Eles têm ainda iniciativas na parte de:
Investimentos: Assessoria, orientação e capacitação de empresas em busca de recursos;
Educação: Capacitações em inovação, empreendedorismo, tecnologia e muito mais;
Empreendedorismo: Oportunidades para quem quer empreender e alavancar novos negócios;
Inovação: Ações e projetos que promovem o ecossistema de inovação brasileiro;
Qualidade: Ações para a melhoria dos processos de software, serviços e gestão de RH;
Pesquisas: Projetos que fomentam o ecossistema com pesquisas relevantes para o mercado.
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