Foi dado o pontapé do programa “Vem pra Dados, Mulher”, uma parceria entre a Télos e o Porto Digital. As aulas, iniciadas nesta quinta-feira (9), aconteceram no auditório do Porto Digital, no Bairro do Recife. Das mais de 4,5 mil mulheres inscritas, a primeira turma selecionada, com 30 delas, terá a formação patrocinada pela Neurotech.

Com 30 alunas, primeira turma do ‘Vem pra Dados, Mulher!’ inicia formação em parceria com a Neurotech (Imagem: PC Pereira/Porto Digital)

CEO da Télos, Gabriella Ribeiro está muito animada com o projeto e acredita que a formação será um divisor de águas na vida das mulheres selecionadas. “Recebemos muitas inscrições e analisamos muitas meninas. A gente pode ver o quanto que entrar para a área de dados vai transformar a realidade delas, proporcionando dignidade, independência e autoconfiança mesmo, vai além do aspecto profissional”, afirma.

Ainda de acordo com Gabriella, o foco de inserir mulheres na área de Dados é impulsionar a diversidade nas empresas. “Tem se provado que empresas que investem na diversidade são mais lucrativas, e o nosso projeto vem para auxiliar esse processo inclusivo. Ele é montado especificamente para uma empresa, de acordo com as necessidades dela. No caso da Neurotech, que está investindo na formação dessas 30 mulheres, o foco é na inclusão de gênero na área de tecnologia, que ainda é tão masculina”, explica.

Representando a Neurotech, Ana Nery, Head de Diversidade da empresa, vê essa formação como um mecanismo de fortalecimento e empoderamento feminino. Não à toa, a formação é técnica e comportamental.

“Está sendo muito especial fazer parte desse programa e estar aqui nesse início. Sabemos da importância da formação e da expectativa que é criada em cima desse processo, do objetivo da contratação, e é por isso que a gente está fazendo questão de acompanhar a formação de perto, porque queremos que essas mulheres, ao concluírem a formação, tenham não apenas as habilidades técnicas e sociocomportamentais que o mercado busca, mas tenham, sobretudo, confiança em si, que se sintam pertencentes e merecedoras dos espaços que vão ocupar.”

Intermediando a parceria e sendo o palco dos encontros presenciais, o Porto Digital facilita a interface entre o mercado de trabalho e as necessidades e vagas existentes no mercado, conforme explica a Analista de Empregabilidade do Porto Digital, Luana Alves. “Enquanto ecossistema, o Porto Digital tem essa finalidade, de proporcionar esse encontro de dois eixos. E essa formação, no modo em que está sendo realizado, é a prova disso”, destaca e emenda: “É um projeto que vai estimular e facilitar o acesso
de mais mulheres ao mercado de tecnologia, fornecendo não apenas o conhecimento teórico, mas principalmente a conexão com outras mulheres que têm um objetivo em comum.”

Com 30 alunas, primeira turma do ‘Vem pra Dados, Mulher!’ inicia formação em parceria com a Neurotech (Imagem: PC Pereira/Porto Digital)

A formação

O projeto conta com uma formação robusta, com duração de 540h ao longo de seis meses, com aulas remotas e sete encontros presenciais. Serão abordados conhecimentos técnicos, como Python, SQL, NoSQL, Power BI e Storytelling de dados; habilidades socioemocionais; e inglês técnico.

Para validar o conhecimento das aulas remotas, as estudantes trabalharão com simuladores para aplicação do projeto prático que será desenvolvido ao longo do curso. Moradora da Região Metropolitana, Eduarda Veloso tem 26 anos e está indo para o quarto período do curso de Sistemas para Internet, na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Bolsista do Embarque Digital, ela teve o primeiro contato com a área de dados ainda no começo do curso e se encantou. Agora, com a formação, quer aprimorar as habilidades e se consolidar no mercado de trabalho.

“O que eu mais gosto na área é a possibilidade de solucionar problemas através dos dados. Com essa formação, eu espero me desenvolver muito nessa área, conhecer novas ferramentas e ter esse diferencial na carreira”, conta a estudante.

No comando das atividades sociocomportamentais, a consultora em projetos focados em tecnologia Deize Galvão comenta que esses encontros presenciais serão fundamentais para a formação comportamental e criação de identidade enquanto mulher e profissional. Para que elas se apoiem e se conectem entre si. “Desenvolver essas habilidades nelas é fundamental para que elas se sintam seguras e confiantes para o que vem depois da formação”, finaliza.

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