O Instagram é uma das redes sociais mais populares do mundo — e, por isso mesmo, também é um dos alvos preferidos de cibercriminosos. Ataques a contas pessoais e comerciais se tornaram cada vez mais frequentes, e os usuários precisam estar atentos aos sinais de invasão, saber como agir em caso de hackeamento e, principalmente, adotar práticas de segurança digital para evitar prejuízos. Essa é a recomendação de Fábio Costa, COO da Bidweb Security, empresa embarcada no Porto Digital focada em cibersegurança.
O profissional explica que um dos primeiros sinais de que uma conta foi comprometida é a dificuldade de login. Se a senha for alterada por um invasor, o acesso à conta será bloqueado. Mudanças no e-mail ou telefone cadastrado, publicações ou mensagens enviadas sem autorização, notificações de login em dispositivos desconhecidos e alterações no nome de usuário, foto de perfil ou bio também são fortes indicativos de invasão.
“Esses sinais são os primeiros alertas de que a conta pode estar nas mãos de outra pessoa. Quanto mais rápido o usuário agir, maiores as chances de recuperação”, alerta o especialista.
Entre os métodos mais comuns usados por hackers estão o phishing, o ataque de força bruta e o roubo de sessão.
- Phishing: ocorre quando o usuário recebe links falsos que imitam comunicações do Instagram, geralmente por e-mail ou mensagem direta, e insere seus dados em uma página fraudulenta.
- Força bruta: o invasor testa várias combinações de senha até encontrar a correta — algo que se torna mais fácil quando o usuário utiliza senhas fracas.
- Roubo de sessão: acontece quando o hacker consegue acessar a conta sem precisar da senha, explorando falhas em redes públicas de Wi-Fi ou utilizando malwares.
De acordo com Fábio, ao perceber qualquer atividade suspeita, a primeira medida é tentar redefinir a senha. Caso isso não seja possível, o usuário deve acessar a página oficial do Instagram para contas comprometidas: instagram.com/hacked. A plataforma fornece instruções para recuperação por e-mail, telefone ou nome de usuário. Em casos mais graves, pode ser necessário enviar um vídeo selfie ou documento de identidade.
Também é importante revisar dispositivos conectados à conta e desconectar acessos não reconhecidos. Enquanto a conta estiver fora de controle, o ideal é avisar seguidores e amigos para evitar que caiam em golpes.
Prevenção ainda é a melhor solução. Veja algumas dicas essenciais da Bidweb:
- Ative a autenticação em dois fatores (2FA): com essa camada extra de segurança, mesmo que a senha seja descoberta, o hacker precisará de um código enviado ao celular ou gerado por aplicativo autenticador.
- Use senhas fortes e únicas: evite combinações simples e nunca reutilize senhas em outras contas.
- Não clique em links suspeitos: mensagens com senso de urgência, promessas de prêmios ou que pedem informações pessoais devem ser tratadas com desconfiança.
- Revise os aplicativos conectados: mantenha apenas os que são confiáveis e em uso.
- Monitore atividades da conta: verifique periodicamente se há alterações ou acessos suspeitos.
Em casos extremos, quando todas as tentativas de recuperação falharem e o Instagram não conseguir validar a identidade do verdadeiro dono, pode ser necessário começar do zero. Isso também se aplica quando a conta foi usada em golpes e se tornou irreversivelmente comprometida.
Se a conta estiver sendo usada para enganar outras pessoas, o ideal é denunciá-la dentro do próprio Instagram e, se houver prejuízo financeiro, registrar um boletim de ocorrência junto à Delegacia de Crimes Cibernéticos da sua cidade.
Ainda que a ansiedade tome conta da pessoa nesse momento, vale ressaltar que o tempo para recuperar uma conta hackeada pode variar de algumas horas a mais de uma semana, dependendo da gravidade do ataque e da agilidade do usuário em iniciar o processo de recuperação. “Em qualquer caso, é crucial agir rapidamente e seguir os canais oficiais de recuperação para acelerar o processo”, finaliza Fábio.
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