Por Silvia Bessa

Lembrou até os carnavais saudosos: dentro de quatro dias, ergueu o seu estandarte tão original e provocou uma espécie de alegria satisfatória naqueles que se meteram na brincadeira. Chegou para fazer barulho ao espalhar o conceito de tecnologia como ferramenta de transformação social, fazendo retumbar cada debate. Falou até das injustiças que mais doem quando tratou de inclusão social, empreendedorismo e economia. Chacoalhou dezenas de milhares de pessoas, colocando seu povo a sonhar. Realizada em outubro, nas ruas e prédios do Bairro do Recife, a 5ª edição do Festival REC’n’Play foi à cidade sua fama mostrar e defendeu a tradição recifense como território fomentador de ideias para inovar. 

Não à toa, o REC’n’Play é comparado a um Carnaval – neste caso, é nosso Carnaval do Conhecimento. No burburinho interativo das palestras, painéis, exposições, entrevistas e oficinas, veteranos e jovens formaram uma orquestra múltipla. E, como se sabe, toda orquestra é formada por uma diversidade de vozes que cumprem funções diferentes.

VOZES DO REC'N'PLAY

A nova série de reportagens do Jornal Digital traz mais sobre essas vozes. Publicada sempre às quintas-feiras, as matérias jogam luz sobre algumas pessoas que protagonizaram a edição 2023. Intitulada Vozes do REC’n’Play, a série revela as experiências de curadores, curadoras e painelistas de destaque ao viverem o ecossistema do Porto Digital, suas bandeiras e expectativas para o futuro.

A proposta aqui é dar longevidade às ideias desses pensadores, influencers da vida real e transformadores sociais, de maneira a contribuir para novas soluções e discussões, seja por meio de textos inéditos ou por meio da divulgação de episódios de podcasts produzidos ao longo do evento.

Como abre-alas da série Vozes do REC’n’Play, o Jornal Digital perfila Alice Pataxó, comunicadora baiana, ativista indígena, eleita uma das 100 personalidades mais inspiradoras de 2022 (segundo ranking da BBC internacional) e uma das maiores atrações do REC’n’Play deste ano.

Alice Pataxó
“Um dia me dei conta de que a minha luta não pode parar”, contou Alice Pataxó – Crédito: Viktor Feitosa

Alice não só participou de forma ativa como fez sucesso durante todo o Festival, ora por representar a voz das minorias, como o povo indígena, ora por simbolizar a voz de uma maioria excluída, composta por negros e ou jovens periféricos, que vivem muitas vezes às margens das cidades.

Continuação da série VOZES DO REC’N’PLAY com Alice Pataxó

Alice Pataxó: potência e inspiração

“Um dia me dei conta de que a minha luta não pode parar”

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Silvia Bessa é jornalista. Gosta de revelar histórias que se escondem na simplicidade do cotidiano. Venceu três vezes o Prêmio Esso e tem quatro livros publicados

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