O Porto Digital pulsa debates sobre inovação aberta e tecnologia do país. Não à toa foi escolhido para sediar a 3ª reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Pesquisa e Inovação do G20, que começou na quarta-feira (22) e segue até sexta-feira (24). Delegações, autoridades e organizações do Brasil e do mundo participam do evento no Cais do Sertão, no Bairro do Recife.
“Que bom que a gente está propondo o nosso grupo de trabalho do G20 sobre inovação aberta e como a gente consegue utilizar o desenvolvimento ecológico, a ciência e a inovação para fortalecer o desenvolvimento e para reduzir as desigualdades no acesso e na produção dos países”, comemorou o chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais, Carlos Matsumoto.
Ele afirmou que trazer essa discussão para o Recife é tratar o assunto dentro de um ambiente inovador por si só.
A mesa contou com apresentação de Pierre Lucena, presidente do Porto Digital, César Souza, diretor de Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação e Competitividade da Secti e Felipe Cadena, secretário executivo de Transformação Digital.
Após breve apresentação dos representantes, houve participação do público que tirou dúvidas sobre o tema. Pierre, na sua vez, falou sobre a quantidade de formandos na área de tecnologia da informação no Recife, que já é maior que outras grandes capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, e ainda vem sendo impulsionada por programas como o Embarque Digital.
“Agora somos uma espécie de distrito de inovação e temos mais de 400 empresas localizadas aqui. Temos um portfólio muito diversificado de empresas localizadas aqui. (…) E quando você pega o número de empregadores que temos aqui no Porto Digital, são mais de 18 mil pessoas trabalhando, mas queremos muito mais do que isso. Queremos 50 mil ou 60 mil pessoas em 20 ou 30 anos”, disse o presidente do Porto Digital.
A Dhanalakshmi, secretária-adjunta do Departamento de Ciência e Tecnologia do Governo da Índia, compartilhou sobre a conexão entre o Brasil e seu país de origem e como podem colaborar mutuamente se tratando de tecnologia.
“Tanto o Brasil quanto a Índia começaram suas jornadas de desenvolvimento juntas. Nosso desenvolvimento de software e hardware, nossas soluções de TI e os principais problemas, estamos em locais muito semelhantes”, mencionou.
“Temos o exemplo da vacina durante a Covid, que foi dada gratuitamente para a maioria dos países da América Latina. E se tornou um salva-vidas. Da mesma forma, podemos ter vários outros desenvolvimentos, inovações e startups, que temos na Índia, que podem ser ampliados no Brasil, e podemos esperar algumas inovações e startups no Brasil, que podem ser ampliadas na Índia, se tivermos muitas oportunidades de colaboração”, defendeu A Dhanalakshmi.
Saiba mais
O grupo de trabalho de Pesquisa e Inovação foi criado, sob a presidência brasileira, com o objetivo de reduzir desigualdades no acesso à tecnologia e da transferência de conhecimento, com promoção de desenvolvimento econômico inclusivo. O GT é uma evolução da Iniciativa em Pesquisa e Inovação iniciada no Fórum Acadêmico de 2021, promovido pela presidência da Itália do G20.
O GT é, então, a continuidade das discussões levantadas em 2021, com objetivo de transformá-las em ações concretas que possam beneficiar o ecossistema de pesquisa e inovação globalmente.
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