Nesta semana o Centro de Informática (CIn) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) celebra 50 anos de tradição e história. História essa que faz parte da trajetória do Porto Digital, sendo o pilar educacional que possibilitou a criação de um dos maiores distritos de inovação da América Latina. Quem conhece, sabe que é impossível desmembrar a relação entre os dois.
A celebração será feita em uma festa a ser realizada nesta quinta-feira (15), a partir das 16h, com um painel comemorativo, que culminará no lançamento oficial do novo vídeo institucional do CIn, e homenagens.
O Porto Digital reconhece a excelência do CIn, que é destaque entre os centros mais renomados de ensino e pesquisa em computação, não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina.
Em março do ano passado, a reportagem do jornalista Emannuel Bento, exclusiva para o Jornal Digital, contou que o CIn começou como curso de computação do Instituto de Matemática.
História
“Nessa época, a UFPE ainda era a ‘Faculdade do Recife’ e tinha prédios espalhados por toda a cidade. O Instituto foi instalado inicialmente na Rua do Progresso, esquina com a Rua Gonçalves Maia, na Boa Vista”, diz o material.
Foi nos anos 1960, que após professores do Instituto participarem de um evento promovido pela International Business Machines Corporation (IBM), a grande fabricante de computadores da época, despertou-se a iniciativa pelo que viria ser o CIn.
A importância de ter uma base de processamento de dados era uma conversa pioneira sobre o que viria – uma visão que antecipava o anseio de não ficar atrás de universidades como a Federal da Paraíba, Campus Campina Grande, que também havia notado a necessidade de instalação do primeiro computador do Nordeste.
Em 1967, a UFPE recebeu o seu primeiro computador: um IBM 1130, que culminou na criação do Centro de Computação Eletrônica. No ano seguinte, o governo federal iniciava um projeto para implantar cursos de computação em todo o país. As primeiras turmas da UFPE foram iniciadas anos depois, mais precisamente em 1975. Dois anos depois foi defendido o primeiro mestrado em informática na instituição. A aquisição do primeiro microcomputador do Departamento de Informática ocorreu em 1983.
Nessa época, Silvio Meira, um dos fundadores do Porto Digital, ministrava aulas na graduação.
Na metade dos anos 80, o tamanho do Departamento crescia exponencialmente. Foi em 87 que receberam um prédio de 1.200m². Na década de 90, criação do doutorado. Também nessa época, houve a “disciplina Empreendimentos em Informática, que deu origem à estrutura de pré-incubação de empresas batizada de Recife Beat – já na onda do manguebeat, que era tendência do Recife para o mundo.” Em 1999 o Departamento virou Centro de Informática.
Importância internacional
Outra matéria de Emannuel Bento, exclusiva para o Jornal Digital, mostra que o CIn “traçou uma longa jornada de esforços até se tornar um dos mais renomados centros de ensino e pesquisa em computação”.
Atualmente, o centro atrai anualmente 270 novos alunos para os três cursos, contribuindo ao longo dos anos com a formação de mais de 2.300 profissionais com atuação no mercado nacional e internacional.
O reconhecimento da sua excelência estende-se aos seus programas de pós-graduação, destacando-se o Programa Acadêmico em Ciência da Computação, com a nota máxima 7 na Capes, colocando-o entre os melhores programas do Brasil. Além disso, o CIn destaca-se também pelo incentivo à inovação e ao empreendedorismo, gerando startups de tecnologia bem-sucedidas através de disciplinas inovadoras desde os cursos de graduação.
Além das fronteiras acadêmicas, o centro tem parcerias estratégicas com mais de 40 empresas, tanto nacionais quanto internacionais, através de colaborações públicas e privadas.
Essa sinergia com a indústria e o setor empresarial torna o CIn um agente transformador relevante para o desenvolvimento de inovação em produtos e serviços através de programas de formação, pesquisa e desenvolvimento de soluções tecnológicas para o mercado.
O CIn é pioneiro, não apenas pela longevidade e história da formação de profissionais de tecnologia para o mercado nacional e mundial, mas também é responsável pela consolidação e desenvolvimento do ecossistema de Tecnologia da Informação em Pernambuco.
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