A CEO da startup recifense Super Nina, Simony César, recebeu o reconhecimento nacional por meio do Prêmio Empreendedor Social, da Folha de São Paulo. Este é o maior prêmio do setor da América Latina. Simony foi destaque na categoria Soluções que Inspiram. Com base no Porto Digital, distrito de inovação que é referência na América Latina, a Super Nina usa tecnologia para mapear e combater o assédio na mobilidade urbana, transformando dados em segurança para mulheres.

Startup recifense recebe maior prêmio da América Latina para inovação social (Imagem: Arquivo/Porto Digital)

“A gente oferece tanto treinamento e um software que pode ser aplicado a qualquer outro aplicativo para centralizar e padronizar denúncias dentro do WhatsApp e outros aplicativos de mobilidade, para pegar carona, por exemplo. Coletamos as denúncias, tratamos os dados para o poder público formular políticas públicas”, explica Simony.

Ainda que tenham base no Recife, foi em Fortaleza que a solução começou a operar. “Avaliamos essa parceria muito positivamente porque foi a primeira vez que a Prefeitura [de Fortaleza] conseguiu criar uma campanha contra o assédio sexual e importunação sexual no transporte. Em 18 meses de operação a Nina já coletou mais de 3 mil denúncias e 10% delas viraram inquérito policial”, conta a fundadora da startup. A próxima cidade parceria da Super Nina é Salvador, na Bahia.

Segundo Simony, mais de 1 milhão de usuárias são impactadas pela solução diariamente.

“Quando uma ferramenta como a Super Nina é capaz de fazer registros, acionar-nos em tempo real, eu consigo inclusive parar esse ônibus dentro da rota dele e já fazer a prisão em flagrante do importunador e o acolhimento da vítima”, explica Aline Vitória, comandante do Grupo Especializado Maria da Penha da Guarda Municipal de Fortaleza (CE).

A cerimônia de premiação da Folha de São Paulo aconteceu no Theatro Municipal de São Paulo e reuniu iniciativas de impacto social de todo o Brasil.

“Os reconhecimentos que a Super Nina recebe agora são a chancela do trabalho que a gente faz. É muito bom receber conhecimento, mas é muito bom quando as cidades adotam a solução. Queremos fazer essa história ser escrita aqui no Recife”, finaliza.

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